Tivemos recentemente mais uma alta dos combustíveis, o que gerou mais reclamação e insatisfação no mercado. O último aumento no preço ocorreu em decorrência da implementação do reajuste de 18,8% no preço da gasolina comum cobrado nas refinarias anunciado pela Petrobras em 10 de março. A empresa reajustou ainda o preço do óleo diesel em 24,9% e do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, em 16%.
As últimas altas dos combustíveis tem sido atreladas à pandemia e agora, mais recentemente, à guerra entre a Russia e Ucrãnia. É sabido que a Russia é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, e com essa guerra ocorrendo, o impacto no preço é inevitável.
O petróleo sofre variações de preços em todo o mundo quando acontecimentos, como os citados anteriormente, acontecem. Por isso é considerado um produto de alta volatilidade nos preços.
Mas Rafael, o que tem a ver a guerra com o preço do petróleo?
Como a Russia sofre hoje sanções de diversos países, fica impedida de vender seus produtos a esses países, isso acarreta em falta de petróleo no mercado e quando um produto está em falta ou tem pouca oferta e muita demanda, consequentemente há o aumento nos seus preços. É basicamente o que está acontecendo.
O Brasil depende de importações de petróleo e gasolina para abastecer o mercado interno e, como a alta do preço afeta o mercado internacional, acaba afetando também os preços no nosso país.
Bem, aqui você deve estar pensando: "mas um monte de gente fala que o Brasil é autossuficiente no petróleo, ou seja, nós produzimos petróleo suficiente para abastecer o país inteiro".
Isso é verdade, mas no Brasil não há infraestrutura para refinar o petróleo produzido, ou seja, não há capacidade de transformar o petróleo bruto em gasolina por exemplo. Então o Brasil produz, exporta para refinarias de outros países e depois importa o produto pronto. É o que acontece com a gasolina.
E o etanol que não é derivado de petróleo?
Bem, nesse caso é uma questão mercadológica. Como o etanol é uma alternativa à gasolina, com o aumento da gasolina o mercado acaba aumentando também o etanol. Quem sofre é o consumidor!
A pergunta que não quer calar é: até quando os preços vão subir?
E infelizmente, não sabemos a resposta. Uma coisa posso afirmar com 99% de certeza. Não acredito que os preços voltarão ao patamar pré pandemia.
O que fazer para driblar os preços dos combustíveis?
Quem trabalha com transportes, seja de passageiros ou de carga, é difícil fugir ou driblar esse problema, infelizmente a alternativa é repassar o custo e onerar a cadeia inteira. Mas para quem não "depende" dos combustíveis, é possível encontrar alternativas.
Uma alternativa para economizar com o combustível é a carona. Existem pessoas que moram em condomínios e que muitas vezes trabalham em locais próximos, nos mesmos horários e vão em carros diferentes. Geralmente os condomínios tem grupos de Whatsapp e nestes grupos você pode encontrar alguém que trabalha perto de você e no mesmo horário, assim vocês podem combinar de ir juntos e "rachar" o custo do combustível, além de revezar os carros.
Outra alternativa bem mais sustentável é a velha e boa bicicleta. Muitas pessoas trabalham próximo à sua residência e a bicicleta pode ser uma alternativa de transporte barata e saudável. Pense nisso!
Agora, se você não vê alternativa e infelizmente precisa absorver o aumento dos combustíveis, coloque em prática a educação financeira na sua casa. Faça um levantamento de todos os seus gastos e onde você pode economizar para absorver esses aumentos. Procure também por novas fontes de renda para complementar e ajudar nesses aumentos, afinal não são só os combustíveis que tem aumentado.
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Até o próximo artigo.
Rafaell Martïns é Educador Financeiro formado pela DSOP, associado a ABEFIN e Pós Graduando em Gestão Empreendedora e Educação Financeira. Atua com Palestras, Workshops e Mentorias de Educação Financeira pela Metodologia DSOP.